"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Voltaire

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CULTURA INÚTIL: A TOLERÂNCIA NÃO DEVERIA SER ZERO?

Nunca havia visto antes, uma explosão tão grande de conteúdos sem sentido e escandalizantes, como os repercutidos na mídia em 2011. São programas, filmes e livros que com sua pouca carga filosófica, fazem sucesso entre os mais variados públicos. Infelizmente, isso tem sido refresco na mão de muitos velhacos da publicidade, que agem na ânsia de ganhar dinheiro ou de criar um entretenimento espetacularizado.

Vamos pontuar a crítica em três partes. Primeira: quanto aos programas de tevê. A maioria dos programas de tevê tornaram-se ridículos a busca de IBOPE, tais como Programa Sílvio Santos (SBT), A Fazenda (Record), e o pior reality show que a Globo já inventou: BBB. Além destes, há também outros programas contaminados com um certo humor medonho, por exemplo, Balanço Geral (Record), Brasil Urgente e Chumbo Grosso (ambos da Band), e os demais jornais locais. Todos à procura da fácil audiência.

Segunda explanação: livros. É possível se ver aos montes nas bancas de revista em shoppings centers, livros escritos sob encomenda. Estes, do tipo, Paulo Coelho, Stephenie Meyer, Joanne Rowling. Livros que não foram pensados na essência literária, mas sim na necessidade capitalista presentificada em um mundo regido substancialmente por cifras.

Terceira, e última manifestação de tristeza: filmes. Bons filmes não foram produzidos por excelência, ou em excesso, até então (casos raros existem, obviamente). E, mais uma vez, senão por opção de carreira. Aí, entra uma questão: O que falta realmente no mercado? Pessoas criativas? Boas ideias? Investimento? Ou, a simples aceitação da grande massa pelo deplorável resulta nisso?

Em suma: parte considerável da sociedade é vítima da cultura inútil explorada pelos meios de comunicação. Entretanto, esta sociedade também se faz cúmplice. Pois, consentir com uma programação torpe – a modelo da tevê aberta –, a venda de livros sem utilidade e a estreia de filmes toscos só contribuem para a banalização da arte em seu contexto geral. Mas bem dizem que as coisas da sociedade, perfazem o seu reflexo. Sábia frase para os tempos de hoje.

VÍDEOS:

OS SEMINOVOS - A MENINA E O VAMPIRO

NÃO FAZ SENTIDO - CREPÚSCULO

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